Novo salário
mínimo, de R$ 678, entra em vigor hoje
Do UOL, em São Paulo
O novo salário mínimo, de R$ 678, entra em vigor nesta terça-feira (1º).
O salário, que em 2012 estava em R$ 622, foi reajustado pelo governo em 9%.
O reajuste foi
anunciado pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi
Hoffman, no dia 24 de dezembro, véspera de Natal. O novo mínimo deverá ter um
impacto anual de R$ 12,3 bilhões sobre as contas da
Previdência.
O impacto sobre a Previdência ocorre porque os benefícios pagos aos
trabalhadores, tanto previdenciários (como aposentadorias) quanto acidentários
ou assistenciais, são atrelados ao salário mínimo. Em outubro, foram pagos pela
Previdência quase 30 milhões de benefícios, cujo valor médio foi R$ 937.
Assim como os pagamentos, as contribuições atreladas ao salário mínimo
também serão reajustadas. Empreendedores individuais e segurados facultativos
de baixa renda, cuja contribuição é fixada em 5% do mínimo, passarão a pagar R$
33,90. Até 2012, o valor era R$ 31,10.
A proposta de Orçamento para 2013, entregue no dia 17 pelo
senador Romero Jucá (PMDB-RR), previa o salário mínimo em R$ 674,96 a
partir de janeiro.
A proposta original do governo previa um mínimo de R$ 670,95, mas o
valor foi reajustado de acordo com novos cálculos da inflação.
Isenção para PLR de até R$ 6.000
Na mesma medida provisória em que determinou o reajuste do salário
mínimo, o governo também isentou do Imposto de Renda, a partir de 2013, valores
de até R$ 6.000 recebidos por participação em lucros e resultados.
O impacto dessa isenção nos cofres públicos será de R$ 1,7 bilhão no
ano.
Entre R$ 6.000,01 e R$ 9.000, a alíquota será 7,5%. Entre R$ 9.000,01 e
R$ 12.000, a taxa será de 15%.
Nos ganhos entre R$ 12.000,01 e R$ 15.000, a alíquota será de 22,5%, e
acima de R$ 15.000,01 o imposto será de 27,5%.
A isenção do IR sobre a PLR tinha sido anunciada em maio e, desde então,
governo e centrais sindicais discutiam o tamanho dessa isenção.
O ministro Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República, defendia isenção máxima de R$ 6.000. Por outro lado,
representantes de centrais sindicais queriam, no mínimo, R$ 10 mil.
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