Placas, cartazes e santinhos invadiram as ruas de Brasília nas eleições.
Tribunal Regional Eleitoral afirma que é difícil punir os candidatos 'sujões'.
Os funcionários do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal já recolheram 600 toneladas de lixo eleitoral no DF desde a última segunda-feira (4), quando começou a operação de limpeza das ruas.
Mesmo assim, ainda há muitas placas e cavaletes nas tesourinhas e nos canteiros. As equipes de limpeza não param, são 1.500 homens e mulheres retirando a propaganda eleitoral das ruas. Só no Plano Piloto, região central de Brasília, o SLU conseguiu recolher 70 toneladas de sujeira em dois dias.
50% de todo o material recolhido pelas ruas não são aproveitados pelos catadores. De acordo com o Serviço de Limpeza Urbana, tudo que já passou pela reciclagem mais de uma vez, como lonas e tecidos, são considerados rejeitos e são encaminhados diretamente para o lixão.
Os resíduos produzidos nas eleições são majoritariamente santinhos, placas e cartazes. “Principalmente o santinho, eles têm um produto que gruda no asfalto, é difícil pra poder varrer, dá um trabalho danado para os garis do", afirma o superintendente de orientação e controle da fiscalização do SLU, Expedito Apolinário.
A implantação da coleta seletiva no DF é um sonho para os catadores e seria uma recompensa para o trabalho de separação desse lixo que deixa a cidade tão feia. “O material ia ser melhor aproveitado, nós teríamos um ganho melhor em cima porque nós íamos pegar uma material mais limpo e agregar preço”, explica Jorge Luiz Oliveira Ramos, da cooperativa de garis.
O Tribunal Regional Eleitoral afirma que é difícil multar os responsáveis porque não consegue localizar os candidatos sujões.
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