A sessão de hoje na Assembleia Legislativa foi suspensa pelo presidente Marcelo Nilo, como resposta à atitude da oposição, cujos integrantes entraram no plenário carregando um caixão, simbolizando o enterro do Legislativo.
O protesto foi pelo episódio da semana passada, em que os deputados governistas tiveram que tirar fotos com celular, em segunda votação, para mostrar à liderança que tinham votado no candidato do governo para o Tribunal de Contas do Estado.
Dessa forma, Zezéu Ribeiro conseguiu superar Carlos Gaban, apresentado pela oposição, que vencera numa primeira votação, mas sem alcançar o mínimo de votos (32) necessários pelo regimento.
Os oposicionistas queriam anulação da votação que elegeu Zezéu, mas não foram atendidos. Com isso, ocorreu a entrada do caixão em plenário. Além de suspender a sessão, Nilo disse que chamaria a polícia para retirar o objeto.
Para a oposição, além da quebra do sigilo do voto, outras ilegalidades foram cometidas. A segunda votação deveria começar imediatamente após o resultado da primeira. Mas foi suspensa a sessão, para reunião da base governista. Na ocasião, alguns deputados contaram sobre a pressão recebida. A liderança oposicionista pediu que o presidente proibisse o uso do celular no momento do voto, mas Nilo se recusou a interferir. Zezéu acabou eleito com 35 votos.
"Defendemos um poder Legislativo forte, independente e sem submissão", registra o texto distribuído pela oposição na tarde de hoje.
Tribuna Feirense
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